8.5.09

Play Time [Jacques Tati]

De início, o aspecto geral do ambiente, mostra linhas bastante simples e rectas, o que declara uma preocupação cuidada do espaço. Ao sair para o exterior, a presença e o número elevado de veículos automóveis, declara um aumento considerável da estandardização e consecutivamente do consumo. A forma dos actores contracenarem uns com os outros, remete-nos para a teatralidade dos tempos da Bauhaus e do teatro de Oskar Schlemmer, parecendo tudo muito encenado. A Arquitectura explora as potencialidades do ferro e do vidro, assim como a tecnologia em grande estado de evolução, faz com que os seus utilizadores pareçam perdidos e confusos. O individualismo no trabalho é um facto adquirido e os movimentos estão completamente estudados e calculados, que nem robot's! É mostrado a criação e a inovação em pequenos objectos do quotidiano, tais como óculos e esfregona, e os poster's e tipos de letra são claramente influência da Bauhaus. São apresentados também novos materiais, nomeadamente a favor do isolamento e a presença de candeeiros, com referências da Bauhaus é bastante frequente. O design de mobiliário mostra-se mais inovador e adaptado com maior especificidade a cada situação e existe um grande aumento do consumo de energia, tanto ao nível industrial, como doméstico. As referências citadinas da cidade Luz aparecem apenas em pequenos pormenores, tais como o reflexo da Torre Eiffel e do Arco do Triunfo nos vidros. Por fim, a moral da história deixada, mostra que a pressa de acabar um projecto, seja ele de que área for, gera maus acabamentos, salientando que o melhor mesmo é finalizar atempadamente e de forma consciente.

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