21.5.09

Neville Brody



Neville Brody é um dos designers mais conhecidos da geração de 80. Formado na London College of Printing, 1976-79, os seus primeiros trabalhos como designer foram capas de discos de música na Al McDowell's e para as editoras independentes Stiff Records e Fetish Records. Foi nesta última que começou a experimentar e a tornar coerente a sua linguagem visual, que hoje tão bem discernimos. Entre 1981 e 1986, foi art editor da revista "The Face", para a qual desenhou a fonte geométrica Typeface Six (1986). Foi na Face, que criou verdadeiros desafios ao que até então se fazia no design editorial. As suas criações, verdadeiramente inseridas no movimento Pós-modernista, criaram uma ponte para o universo ecléctico que se viveu no início dos anos 90 e até para um certo revivalismo geométrico e informático do final da década de 90. Em 1987, é director artístico da revista Arena, agora menos frenético e mais neutro. Neste mesmo ano funda The Studio em Londres. Neville Brody, foi um dos primeiros designers a virar-se para o uso das novas tecnologias, nomeadamente com o uso do Apple Macintosh. Entre muitos outros projectos, realizou a imagem corporativa do canal de televisão austríaco ORF TV, criou diversas famílias de tipos para a Linotype, foi o impulsionador da revista de tipografia digital experimental Fuse, etc. Torna-se sócio de Erik Spiekermann na Fontworks, empresa que edita e distribui fontes digitais. Os seus últimos projectos são dedicados ao webdesign e interface design, como por exemplo a imagem/interface dos novos programas da Macromedia (Flash, FreeHand, etc), logotipos e imagem para o webzine produzido pelo Turner Entertainment Network - SPIV, o website da FontNet e FontWorks UK, do museu , os websites Gardianunlimited (GuardianUnlimited, NewsUnlimited).

8.5.09

Play Time [Jacques Tati]

De início, o aspecto geral do ambiente, mostra linhas bastante simples e rectas, o que declara uma preocupação cuidada do espaço. Ao sair para o exterior, a presença e o número elevado de veículos automóveis, declara um aumento considerável da estandardização e consecutivamente do consumo. A forma dos actores contracenarem uns com os outros, remete-nos para a teatralidade dos tempos da Bauhaus e do teatro de Oskar Schlemmer, parecendo tudo muito encenado. A Arquitectura explora as potencialidades do ferro e do vidro, assim como a tecnologia em grande estado de evolução, faz com que os seus utilizadores pareçam perdidos e confusos. O individualismo no trabalho é um facto adquirido e os movimentos estão completamente estudados e calculados, que nem robot's! É mostrado a criação e a inovação em pequenos objectos do quotidiano, tais como óculos e esfregona, e os poster's e tipos de letra são claramente influência da Bauhaus. São apresentados também novos materiais, nomeadamente a favor do isolamento e a presença de candeeiros, com referências da Bauhaus é bastante frequente. O design de mobiliário mostra-se mais inovador e adaptado com maior especificidade a cada situação e existe um grande aumento do consumo de energia, tanto ao nível industrial, como doméstico. As referências citadinas da cidade Luz aparecem apenas em pequenos pormenores, tais como o reflexo da Torre Eiffel e do Arco do Triunfo nos vidros. Por fim, a moral da história deixada, mostra que a pressa de acabar um projecto, seja ele de que área for, gera maus acabamentos, salientando que o melhor mesmo é finalizar atempadamente e de forma consciente.

4.5.09

Leonardo Da Vinci [pintura]

Igualmente a Michelangelo, Rafael e Ticiano, Leonardo da Vinci fez parte da pintura Renascentista. Além das 25 pinturas conhecidas do autor, das quais restam hoje cerca de 10, supõem-se que Leonardo deixou pelo menos 30 mil páginas de manuscritos, dos quais dois terços continuam desaparecidos. Para Leonardo a arte não existia sem ciência e acreditava que a verdade só poderia ser apreendida através da observação minuciosa das coisas e que as teorias deveriam ser testadas através das experiências no mundo real. Desta forma, o trabalho artístico, começava a aliar a observação científica e a experimentação minuciosa, fazendo sempre os registos escritos e esboçados. Para além de observador e perfeccionista, Leonardo estudava e criava tanto as tintas, assim como, revia e retocava incansavelmente as suas obras tentando alcançar a perfeição. Era fascinado pelo estudo da luz/sombra, paisagens, bem como os efeitos ópticos dos objectos observados á distância.
Mona Lisa
Óleo sobre madeira de choupo770 x 530 mm
1503-1506 Paris, Museu Louvre
Considerado o quadro mais famoso do mundo, este quadro é sem dúvida um dos melhores de Leonardo. Foi encomendado pelo comerciante de sedas Florentino Francesco Del Giocondo, retratando a sua a sua esposa, Lisa Gherardini, assinalando assim, o nascimento do segundo filho do casal. Mona Lisa é sem dúvida dona da expressão mais subtil e expressa um género de pintura tradicional de retratos, que se desenvolveu em Florença nos finais do séc. XV.
Última Ceia
Pintura Mural 4600 x 8800 mm
1495 Milão, Convento de Santa Maria delle Grazie
A Última Ceia contribuiu para fortalecer a fama de Leonardo como pintor. Trabalho executado no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie em Milão e encomendado pelo Duque Ludovico Sforza. O mural durou 3 anos a ser executado e embora fosse um tema tradicional na altura, a sua qualidade, realismo e a representação dramática das figuras, deu á obra um maior realismo, influenciando todas as suas subsequentes.

3.5.09

Leonardo Da Vinci [estudos anatómicos]



O domínio e interesse pela anatomia era quase como uma necessidade para Leonardo da Vinci. Passou algumas das suas noites a dissecar cadáveres, tanto de homens como e mulheres de todas as idades para que a sua representação do ser humano seja o mais fiel possível. Era importante entender a beleza das proporções, assim como, as energias aplicadas pelos músculos do ser humano em movimento. Os manuscritos de Leonardo sobre esta prática, demonstram exaustivamente os princípios mecânicos dos movimentos musculares. Este recurso destinava-se posteriormente á prática do desenho de nus com o maior rigor e minúcia, não desenhando apenas corpos esbeltos e no auge da sua beleza, mas também desenhando todas as implicações da velhice, como as rugas e deformações. Pela sua atitude, foi de sua autoria a descoberta de um problema ainda hoje actual como a arteriosclerose. No entanto, a beleza não era apenas o que procurava e a procura de feições desagradáveis, repugnantes e feias também eram alvo dos seus desenhos.

Homem de Vitrúvio
Pena, tinta e aguarela sobre ponta de metal 344 x 245mm
1490, Veneza, Gallerie dell'Accademia
O exaustivo trabalho do Homem Vitruviano, foi inspiração por parte do trabalho do arquitecto romano Vitruvius. Leonardo quis transmitir a proporção perfeita ou divina da relação entre as diferentes parates do corpo humano. Nesta altura era comum representar o que quer que seja de forma mais perfeita do que a realidade. Deste modo, o Homem de Vitrúvio não é mais do que uma representação disso mesmo. Esta figura representa um ser humano masculino, enquadrado por um círculo e um quadrado. Os genitais marcam o centro do quadrado e o umbigo o centro do círculo. Leonardo é considerado o primeiro artista a tentar encontrar fórmulas matemáticas para poder representar e compreender o corpo humano.

2.5.09

Leonardo Da Vinci [um ser criativo]

“De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que, através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o Céu.”
Giorgio Vasari



Leonardo da Vinci é sem dúvida o génio artístico e científico por excelência de todos os tempos. A sua extensa obra com começo em Florença, Milão e, posteriormente, em França, inspirou e influenciou artistas contemporâneos que, para além de revelar uma enorme inovação que ia muito além do seu tempo, mostra que essa capacidade de criatividade não é só conseguida através do seu ser génio, mas também pela capacidade de trabalho árduo que Leonardo desenvolvia. Ao longo da sua vida, podemos ver a quantidade de áreas científicas ás quais Leonardo se envolveu, nunca deixando de obter uma qualidade extrema e desenvolver um enorme espólio de obras, que superam todas as expectativas que muitas vezes pensamos em relação á antiguidade. Dono de uma capacidade notável de aprendizagem, Leonardo não se contentava com o que até então já sabia e os novos conhecimentos eram uma procura constante. Foi pintor, escultor, desenhador, arquitecto, inventor, cientista, engenheiro, escritor e ainda músico, fazendo quase parar com a nossa respiração de tantas áreas por si envolvidas.

1.5.09

wassily chair



Marcel Breuer era um aprendiz da Bauhaus quando concebeu a primeira cadeira de aço tubular com base no quadro de uma bicicleta. Produto bastante admirado por aliar a questão funcional á estética, assim como, bastante à frente da época da sua concepção. Foi a primeira cadeira em que as tiras de couro ficavam suspensas sobre os tubos de aço e é um símbolo clássico do modernismo. Ganhou o prémio "The Museum of Modern Art Award" em 1968, é um dos símbolos do design de produto e é também um exemplo de projecto ergonómico que visa aliar a postura e o conforto na posição de sentado. Existe reproduções em todo o mundo por vários fabricantes que comercializam o produto sob diferentes nomes, mas a sua patente está registada pela Knoll.