31.3.09

A Estandardização na Revolução Industrial

A Estandardização marcou um ponto de viragem no Design e na produção industrial em geral. Teve início no final do século XVIII, na sequência da Revolução Industrial e constituiu um aspecto indispensável na produção em série. A sociedade feudal, orientada pelos mitos e tradições acreditavam fortemente no divino, onde o homem aceitava o seu lugar na sociedade atribuído à priori na origem do seu nascimento, passou a uma sociedade moderna, orientada pelo conhecimento e pela razão, acreditavam já nas potencialidades do Homem. Como tal, a Revolução Industrial destruiu a estrutura da sociedade tradicional. Com o aumento da produtividade veio também o capitalismo, tornando a burguesia a classe dominante pois era detentora de poder económico e político. Criaram-se o barco a vapor e a locomotiva que deram origem a uma revolução nos transportes. Consequentemente passou a haver distribuição de alimentos e produtos agrícolas em zonas mais distantes, existiu uma maior facilidade na comunicação por correio, e a deslocação de pessoas passou a ser feita a preços mais acessíveis. Como factores menos positivos também temos as lutas sociais em defesa dos direitos humanos face à crescente valorização da máquina, e a sociedade rural evolui para uma sociedade urbana, com salários baixos, exploração da mão-de-obra e desemprego.A Revolução Industrial surgida na Inglaterra dos meados do século XVIII opera profundas transformações na sociedade, na medida em que transforma radicalmente a ciência, a tecnologia, as fontes de energia e, em consequência, o funcionamento das organizações. O facto de, a partir desse momento, ser possível produzir em larga escala, altera profundamente hábitos de trabalho e de vida de produtores e consumidores. Surgem as fábricas, com base num conceito não artesanal, como o que se verificava até à data. Máquinas cada vez mais sofisticadas possibilitam um exponencial aumento da produção, e o consequente desenvolvimento do comércio. Alargam-se os mercados e incrementa-se a rede de transportes. Assiste-se à urbanização das sociedades, o que leva ao florescimento de um conjunto de instituições com funções de representatividade social, cultural e política, ou de gestão das infra-estruturas colectivas próprias das cidades.
Em baixo vemos Henry Ford e o seu Modelo T. Este veículo é um perfeito testemunho de toda esta revolução. Veículo construído através de linha de montagem e caracterizado pela sua robustez e padronização que envolviam peças semelhantes entre outros modelos. Desta forma, facilitava a sua manutenção e operacionalidade entre fábricas.

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